quarta-feira, 22 de julho de 2015

Resenha Semanal

ENCONTRO COM A PAZ E A SAÚDE & SAÚDE DAS EMOÇÕES

Fichas Catalográficas:

Encontro com a paz e a saúde: JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito), psicografado por FRANCO, Divaldo Pereira. Salvador: Leal, 2014.

Saúde das emoções: CERQUEIRA FILHO, Alírio de. Cuiabá: Plenitude Humana, 2014.

Preços na LIVRARIA YVONE DO AMARAL PEREIRA: R$ 35,00 e R$ 39,00, respectivamente.

Logo no primeiro parágrafo de seu livro, Joanna de Ângelis faz uma observação que vem explicar o porquê de hospitais, clínicas e consultórios estarem, ultimamente, superlotados: “Analisando-se o atual comportamento humano, não padece dúvida de que a sociedade terrestre se encontra enferma. Os altos índices da violência individual e coletiva que assola o mundo apresentam-se assustadores, numa triste demonstração da predominância dos ativismos ancestrais, que não foram superados pelo advento da razão, do discernimento e dos sentimentos de amor...” (p. 7).

Que propostas trazem os dois autores para que o ciclo de enfermidade seja rompido, dando lugar a uma melhor condição físico-emocional?

De início, é preciso esclarecer que, para ambos, a verdadeira saúde se relaciona com o conceito de “ser integral”, abarcando a necessidade de desenvolver-se uma “postura saudável”, no sentido de harmonizar as emoções (para que as boas energias fluam) e, com isso, evitar a postura desgastante do “combate à doença”!
Tal ponto de vista inverte o centro da questão, ou seja, se o foco estava na ação reativa ou passiva (“comportamentos-resposta à doença”), ele passa a se concentrar na ação proativa, no sentido de antecipar-se ao desequilíbrio e, por vontade própria (autoamor), aproveitar todas as oportunidades para ajustar-se, evitando sucumbir no acúmulo de conflitos.
Com isso, não se quer dizer que as crises são evitáveis; ao contrário, elas fazem parte da vida, como comenta Joanna: “Todo processo de evolução, nos mais variados aspectos, experimenta periodicamente crises resultantes de avaliações que examinam os métodos comportamentais utilizados, abrindo espaço para novos investimentos, para experimentos outros ainda não tentados. (...) Ensejando a coragem para serem realizadas mudanças de paradigmas assim como de condutas, sempre objetivando resultados mais saudáveis e práticos” (pp. 33-34).
Tanto Joanna quanto Alírio veem as doenças como oriundas de um conjunto de energias em desarmonia.
“As doenças são resultado do uso inadequado das energias geradas pelos equívocos causados pela ignorância ou rebeldia do ser, em relação à vida e a sua finalidade. Todas as vezes que agimos contrariamente às Leis Divinas Naturais, especialmente à Lei do Amor, por ignorância ou rebeldia, temos como consequência um bloqueio energético do Ser Essencial”. (...) As doenças são, portanto, resultado do uso inadequado das energias que compõem o Ser, explica Alírio (pp. 48-49).
Na página 16 do livro “Autoconhecimento”, Joanna esclarece que o ser humano pode sofrer os efeitos tanto de um quadro de congestão (energias abundantes) quanto de inibição (energias não eliminadas corretamente e mantidas sob pressão). Ambos os desequilíbrios se traduzem em doenças.
Alírio acrescenta ainda (p. 198) que todos os setes chakras sofrem bloqueios, quer na condição de hiperatividade (congestão) quer na de hipoatividade (inibição). Por exemplo, o segundo chakra, o do prazer, quando aflorado, pode provocar a sexolatria, a glutoneria, o consumismo exacerbado, ao passo que, em sua versão inibidora, faz aflorar a depressão.
Para os autores, é preciso mergulhar no movimento proativo amoroso, a fim de movimentar campos vibratórios sutis em favor da própria saúde.
O despertar do Ser (a consciência) enseja a compreensão da necessidade de transmudarem-se energias. É a lei de causa e efeito, ou seja, na identificação com o ego tem-se a gênese da doença, enquanto na identificação com o ser essencial processa-se o desenvolvimento com a saúde. Assim, conduzir bem a força energética é recurso preventivo de doenças evitáveis.
A diretriz, como diz Joanna (p. 223), já foi lançada: “A proposta de Jesus, o Psicoterapeuta, conclamando a que somente se deve fazer ao próximo aquilo que se deseja que este lhe faça, estabelece uma diretriz valiosa de segurança em favor da saúde integral como defluente do amor em toda a sua extensão” (p. 223).

Em seu poema Nascer de novo, Drummond diz que, “na mesma vida”, o homem nasce duas vezes: quando irrompe o ventre da mãe e quando descobre o amor. Um pequeno trechinho diz assim: “Amor, este o seu nome. / Amor, a descoberta de sentido / no absurdo de existir. / O real veste nova realidade, / a linguagem encontra seu motivo /até mesmo nos lances de silêncio”.

Boa leitura a todos!

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