Por Soraya Goulard
ALGUMAS
PALAVRAS-CHAVE NA LITERATURA DE JOANNA DE ÂNGELIS
MARAVILHA!!!
A série Coleção Psicológica de Joanna de Ângelis já se encontra à venda na LIVRARIA YVONNE DO AMARAL PEREIRA (de R$ 30,00 a
R$36,00) e, por causa do interesse que despertam, elencamos alguns
termos utilizados pela autora, com o objetivo de que os novos leitores,
“marinheiros de primeira viagem”, possam sentir-se atraídos pelo universo dessa
querida Benfeitora. Por serem expressões técnicas, já me surpreendi, várias
vezes, pensando que tinha lido uma coisa que, na verdade, significava outra;
daí essa pequena contribuição.
E o motivo principal dessa
incompreensão inicial é a complexidade envolvida: por um lado, tudo em Joanna
adquire significado mais amplo, pois se está lidando com uma conexão entre
indivíduo-grupo-coletividade, corpo-mente-espírito, energia inteligente-energia
desequilibrada, passado-presente-futuro, dentre outras, e, por outro, porque a
esses conceitos somam-se os decodificados por Kardec (reencarnação,
períspirito, corpo somático, Leis Divinas...) e, sobretudo, os ensinamentos de
Jesus, exigindo atenção.
A primeira dúvida surgida
foi a de juntar ou não certos termos, que, em geral, vêm em contraponto nos
textos de caráter psicológicos dela. Exemplo: Ego e Self, bem e mal,
Consciência Cósmica e consciência individual, e por aí vai.
Para não complicar e
paralisar de medo, optei pela solução mais prática: ora fazer o contraponto,
ora apenas destacar uma palavra, sempre visando à maior exatidão. Com isso,
recorri a trabalhos já feitos (Internet), a dicionários (Dicionário geral de
palavras espíritas: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/vocabulario/principal.html e às próprias definições de Joanna. Os livros aqui destacados foram: “Jesus e o
Evangelho à luz da psicologia profunda”, “Autodescobrimento: uma busca
interior”, “O ser consciente” e “O homem integral”.
BEM E MAL – Bem [do latim bene]- 1. Qualidade atribuída a ações e obras humanas que lhes confere um caráter moral. 2. Tudo que beneficia e auxilia o progresso do homem do ponto de vista moral. 3. Favor, benefício. // Mal [do latim malu] - 1. Ausência ou privação do bem devido, do bem que deveria existir e não existe. 2. Aquilo que se opõe ao bem, à virtude, à probidade, à honra. 3. A transgressão às leis divinas e seus efeitos.
“Das concepções pretéritas à realidade
presente, filosoficamente o bem é tudo quanto fomenta a beleza, o ético, a
vida, consoante a moral, e o mal vem a ser aquilo que se opõe ao edificante, ao
harmônico, ao bem. Sociologicamente o bem contribui para o progresso, e todas
as realizações que promovem o ser, o grupo social e o ambiente expressam-lhe a
grandeza, a ação concreta que resulta da capacidade seletiva de valores éticos
para a harmonia e a felicidade. Como efeito, o mal decorre de todo e qualquer
fenômeno que se opõe ou conspira contra esse contributo superior” (In: O ser
consciente, cap. 22).
“O primeiro (o bem), à luz da psicologia profunda, é o autoencontro, a liberação do lado escuro (sombra) plenificado pelo conhecimento da verdade, enquanto o outro (o mal) são as fixações do trânsito pelos instintos primários, que ainda vicejam nos sentimentos e na conduta, aguardando superação” (In: Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda”, p. 37).
SELF E EGO – Quem explica é
Astolfo O. de Oliveira Filho, no BLOG de “O Consolador – Revista semanal de
divulgação espírita. Acesso em maio/2015. Disponível em: http://www.oconsolador.com.br/ano3/107/oespiritismoresponde.html. Diz ele:
“A obra de Joanna de Ângelis relacionada aos aspectos psicológicos do ser humano é, como sabemos, no tocante à terminologia, grandemente influenciada pelas ideias de Carl Gustav Jung, em cujos escritos vamos encontrar o significado de ‘ego’ e ‘self’. // Segundo Jung, o principal arquétipo da criatura humana é o Si mesmo ou ‘self’. Sempre de acordo com Jung, o Si mesmo ou Self é o centro de toda a personalidade. É dele que emana todo o potencial energético de que a psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos. Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente, devendo proporcionar, em situações normais, unidade e estabilidade à personalidade humana. // Jung conceituou-o da seguinte forma: ‘O Si mesmo representa o objetivo do homem inteiro, a saber, a realização de sua totalidade e de sua individualidade, com ou contra sua vontade. A dinâmica desse processo é o instinto, que vigia para que tudo o que pertence a uma vida individual figure ali, exatamente, com ou sem a concordância do sujeito, quer tenha consciência do que acontece, quer não’. // O ‘ego’ é o centro da consciência inferior, diferente do Eu, que é centro superior da consciência. O Ego é a soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. // Escreveu Jung acerca do Ego: ‘É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória!’”.
Joanna esclarece
que, quanto mais o Self desabrocha, mais o Ego fica amortecido, de modo que o seu caráter (do Ego)
caprichoso, dominador e fonte das paixões primárias vai dando espaço às
conquistas plenificadoras do Self, ou seja, tanto o mal quanto o ego são
absolutamente transitórios, à espera de transformação.
“Na razão direta em que o Self
predomina sobre o ego, e as lições de Jesus são
essenciais a essa mudança, a essa superação de paixões, menos
materializado se torna o Espírito, que aprende a aspirar a mais altas
especulações e conquistas, ambicionando o infinito” (In: Jesus e o Evangelho,
pp. 37-38).
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – A psicologia transpessoal volta-se
para os “mais amplos esclarecimentos sobre o homem integral”, sob a ótica do
Evangelho e do Espiritismo de “estudar o homem na sua condição de Espírito
eterno e apresentar a proposta de um comportamento filosófico idealista,
imortalista, auxiliando-o na equação dos seus problemas, sem violência e com
base na reencarnação, apontando-lhe os rumos felizes que deve seguir” (In: O
ser integral, p. 9).
“A
visão transpessoal conduz à continuação da vida após a liberação do corpo. Sem
nenhum vínculo com as concepções religiosas e doutrinárias de ontem como de
hoje, propõe um ser imortal, cujas evidências se multiplicam nos painéis das
suas investigações computadorizadas, apresentando uma preparação psicológica
para o enfrentamento dessa realidade que será alcançada fatalmente. // Esse
processo de desgaste orgânico inevitável é prenúncio da futura experiência
imortalista, que propiciará a cada um o encontro com o que é, e não com o que
tem e deixa, e com o que pensa, e não com aquilo que gostaria de haver
realizado” (In: Autodescobrimento, p. 157).
HOMEM INTEGRAL – A psicologia transpessoal auxilia no equilíbrio e no
amadurecimento emocional, tendo sempre Jesus como Ser Ideal, o Homem Integral
de todos os tempos. “Jesus é o exemplo
do ser integrado, perfeitamente destituído de um consciente perturbador. Todas
as suas matrizes arquetípicas vêm da herança divina nEle existente e
predominante. A vida futura, portanto, é o delineamento do seu ministério, em
razão da consciência da sua realidade, por onde transita, desde então,
aprisionado ao corpo, mas inteiramente possuidor da faculdade de sintonia e
contato com essa Causalidade” (In: Jesus e o Evangelho, p. 29).
Muito longo de objetivar
o “ensino” de tão profundas teorias, o breve painel acima apenas pretendeu
despertar o desejo de empreender-se viagem, guiada por Joanna de Ângelis, ao
mundo da própria organização psicológica, num processo de autoconhecimento que
faça romper as amarras do ego e adentrar o campo do Self, rumo à conquista da
integralidade.
Na
verdade, a mensagem principal dos livros da autora, em concordância com a de Jesus,
aponta uma só palavra para caminhar-se ao encontro da Consciência Cósmica: o
AMOR, como ensina o Mestre, nosso amigo mais íntimo:
“Naquele dia conhecereis
vós que eu estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Aquele que tem os meus
mandamentos e que os guarda: esse é o que me ama. E aquele que me ama, será
amado de meu Pai, e eu o amarei também e me manifestarei a ele” (Jo, 14:
20-21).
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