Por Soraya Goulard
Transição Planetária
Ficha Catalográfica:Transição planetária: Manoel Philomeno de Miranda (Espírito), psicografado por FRANCO, Divaldo Pereira. Salvador: Leal, 2010.Preço na LIVRARIA YVONE DO AMARAL PEREIRA: R$ 38,00.
Desde 1866, em A Gênese (Cap. XVIII) e em Obras Póstumas (Segunda parte, item Regeneração da humanidade), Kardec declarou
que o globo passava por época de “transição”.
Para maior precisão, ele dividiu
essa transição em dois tipos: “fisicamente, pela transformação dos elementos que
o compõem (o Planeta) e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e
desencarnados que o povoam. Ambos esses progressos se realizam paralelamente,
porquanto o melhoramento da habitação guarda relação com o habitante” (In: A gênese, Cap. XVIII, item 2).
Prosseguindo, Kardec
informa que a transformação na Terra se dará, essencialmente, pelo processo
natural de encarnação/desencarnação: “Em cada criança que nascer, em vez de um
Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um
Espírito mais adiantado e propenso ao bem” (In A gênese, Cap. XVIII, item 27).
Diante dessas importantes
colocações, quais as contribuições do livro Transição
planetária, de Miranda? Naturalmente que elas são muitas. Para efeito de
resenha, contudo, apenas um panorama geral será traçado.
Interessante observar que o texto possui
narrativa romanceada, já que existem várias tramas que se desencadeiam junto à
história principal, a saber: as organizações formadas por grupos espirituais e
de encarnados com o fim de ajudarem no processo de transformação do planeta
Terra de mundo de expiações e provas, onde predomina o Mal, em mundo de
regeneração, onde há predominância do Bem. Tal modificação tem-se operado em
processo gradual e contínuo, com a cooperação de inúmeras esferas, objetivando o
preparo da Nova Era, onde haverá o predomínio do Reino de Deus e da Justiça em
lugar das misérias morais.
Miranda e seus amigos
Oscar e Ivon saem, primeiramente, em auxílio do resgate de irmãos que
desencarnaram no grande tsunami de 2004, no Sudeste Asiático. A base do socorro
é a ilha de Sumatra. Alguns companheiros de empreitada unem-se a eles: o médico
britânico Charles White, o mulçumano Abdul, a enfermeira Ana, o padre Marcos. Todos,
sem exceção, alternam-se em tarefas dirigidas por ordens superiores,
evidenciando que as diferenças são sempre bem-vindas.
Miranda, quando
encarnado, dedicava-se aos trabalhos mediúnicos de obsessão e desobsessão – tarefa
a que deu prosseguimento no plano espiritual; daí os vários dramas comentados,
envolvendo tarefas de (auto) ajuda e de (auto) aprendizado.
Impressionantes as
caravanas espirituais que se organizaram para atendimento dos sofredores.
“Engenheiros e arquitetos
desencarnados movimentaram-se com rapidez e edificaram uma comunidade de
emergência, que a todos nos albergaria logo mais, recebendo também aqueles aos
quais socorrêssemos” (p. 47).
Após seu retorno ao
Brasil, Miranda e Ivon abraçam outra frente: a de acompanharem o processo
reencarnacionista dos “alienígenas” oriundos de Alcíone, cuja tarefa maior é
ajudar no progresso (moral, tecnológico, científico...) do Planeta Terra.
Os mentores explicam que esses
“alienígenas” optaram, conscientemente, por contribuir com os desígnios divinos
e por vir para cá em missão. Por sua vez, os espíritos que aqui já habitam possuem
o livre-arbítrio para fazerem de suas jornadas experiências que também se
agreguem a este momento histórico de ascensão.
“A existência terrena,
portanto, é multimilionária em oportunidades que sempre favorecem os seus
membros, tendo em vista as suas opções. Todos têm o direito de errar, de forma
a poderem corrigir e alcançar posteriormente o desejado. Deter-se em situações
equivocadas é lamentável perda de tempo que poderia resgatar o engano, enquanto
aumenta a carga das aflições, ao utilizar-se da revolta e das reclamações,
permitindo-se um comportamento infantil que não resolve o problema, antes, pelo
contrário, complicando-o pela insensatez dos atos irresponsáveis. Ninguém pode
deter a marcha do progresso, que objetiva a fatalidade da plenitude a todos
reservada pelo amor de Deus” (pp. 174-175).
É, pois, fundamental a
atenção a este período de transição, reforçando o amor a si e ao próximo e
evitando a desesperança e a indiferença (“E, por se multiplicar a iniquidade, o
amor de muitos se esfriará” Mt., 24: 12).
Miranda prossegue a
visitação a variados lugares factíveis de abrigarem processos obsessivos ao
lado de oportunidades de trabalho no Bem: hospitais, orfanatos, asilos, áreas
de drogadição, casas de abrigo provisório.
Encerra esta resenha um
pedacinho da divina oração pronunciada por São Francisco de Assis, em visita à
esfera terrestre:
“Mestre sublime Jesus:
(...) ajudai-nos na
compreensão dos nossos labores, amparando-nos em nossas dificuldades e
socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
facultai-nos a dádiva da
Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos
a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados...” (p.
133).
Boa leitura a todos!
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