terça-feira, 1 de setembro de 2015

Resenha Semanal

Por Soraya Goulard

JESUS NO LAR

Ficha Catalográfica:Jesus no lar: NEIO LÚCIO (Espírito), psicografado por XAVIER, Francisco Cândido. Brasília: FEB, 2014.
Preços na LIVRARIA YVONE DO AMARAL PEREIRA: R$ 35,00.


Imaginar-se diante de Jesus, no fim de um dia cansativo de trabalho, para conversa íntima e com a oportunidade de tirar dúvidas acerca de questões cotidianas é algo que soa impossível nos dias de hoje. Mas é justamente essa a tópica do livro Jesus no lar, de Neio Lúcio. Totalmente único, esse livro narra as reuniões (com fins de aprendizado) entre Jesus, seus discípulos e convidados, na casa de Pedro, inaugurando o atual “culto do lar”.

São histórias contadas pelo Mestre, no regresso ao lar, após suas tarefas de evangelização. Cercado dos amigos, Jesus lhes tirava as dúvidas mais comuns, exatamente as mesmas que ainda “perseguem” os homens contemporâneos.

A atualidade de seus pensamentos não se verifica somente nas terapias de amor e nos ensinamentos precisos, mas também no “exemplo de felicidade e exteriorização de paz que irradiava” (Joanna de Ângelis, in Jesus e atualidade).

Esta resenha visa apenas  fazer pequena introdução aos comentários do Cristo – preparo que implicou duas entradas de busca na Internet: “Jesus na casa de Simão Pedro” e “Casas visitadas por Jesus”.
Pelos textos bíblicos, Jesus entrou na casa de Pedro somente uma vez. Os evangelistas Mateus (8: 14-15), Marcos (1: 29-31) e Lucas (4: 38-39) narram o episódio.

E assim que saíram da sinagoga, dirigiram-se para a casa de Simão e André, juntamente com Tiago e João. E a sogra de Simão estava de cama com febre: e lhe falaram logo a respeito dela. E chegando-se Jesus ao pé dela, depois de a tomar pela mão, a fez levantar: e imediatamente a deixou a febre, e ela se pôs a servi-los (Marcos 1: 29-31).

Ao todo, o Mestre visitou doze casas: 1. Casa do Casamento em Caná – transformação da água em vinho (João 2: 1-11); 2. Casa de Simão Pedro – cura da sogra (Lucas 4: 38-39); 3. Casa em Cafarnaum – cura do paralítico (Marcos 12: 1-5); 4. Casa de Levi – “Os sãos não necessitam de médico, mas os enfermos” (Lucas 5: 29-32); 5. Casa de Simão, o fariseu – a pecadora lava os pés de Jesus – (Lucas 7: 36 e 44-46); 6. Casa de Jairo – o renascimento da filha de Jairo (Lucas 8: 41-42 e 51-56); 7. Casa de Marta e Maria – “Maria escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada” (Lucas 10: 38-42); 8. Casa de Zaqueu – a salvação de Zaqueu (Lucas 19: 1-10); 9. Casa do Cenáculo – a santa ceia (Lucas 22: 10-14); 10. Casa de Caifás – condenação de Jesus pelos sacerdotes (Mateus 26: 57); 11. Casa em Emaús (Estalagem?) – aparecimento a 2 discípulos ao primeiro dia (Lucas 24: 13-30); 12. Casa onde os Discípulos se refugiaram em Jerusalém – aparecimento a 10 discípulos ao primeiro dia (João 20: 19-23) e a 11 discípulos (incluindo Tomé) ao oitavo dia (Judas já se havia desencarnado) (João 20: 26-29).


Em todas as suas visitas, o Mestre tinha propósitos definidos e diferentes; contudo, a todos os lares Ele levou alegria, perdão, esperança, redenção, saúde e, sobretudo, o fortalecimento da fé e do amor!

Num total de 50, as conversas descritas por Neio Lúcio são preciosidades sublimes e extremamente atuais – luzes que clareiam e aquecem os dias de hoje. 


A escolhida foi a de número 11, O Santo Desiludido, que enfatiza a importância de não se minarem as esperanças coletivas e individuais – tão apropriada ao momento por que passa o País, exigindo faixa vibratória elevada, sem se deixar contaminar pelas circunstâncias desfavoráveis. É um apelo à fé em movimento, que amplia a vontade e a capacidade de expressão, em contraponto à fé reducionista.


Jesus, trazendo a figura de venerando devoto que se retirou da sociedade a pretexto de servir a Deus, explica que moradores do povoado próximo passaram a recorrer aos “sábios” conselhos do ermitão quando queriam perguntar sobre negócios, relacionamentos, atividades profissionais etc. O tempo todo, o “santo” dava pareceres apontando falhas nos mais sinceros propósitos. Daí, quando desencarnou, viu-se inesperadamente em terrível purgatório, ao lado de assassinos, pois “era ali identificado como matador da coragem e da esperança em centenas de irmãos em humanidade”. Após breve pausa, João, admirado, considerou:


“– Mestre, jamais poderia supor que a devoção excessiva conduzisse alguém a infortúnio tão grande!


O Cristo, porém, respondeu imperturbável:


– Plantemos a crença e a confiança entre os homens, entendendo, entretanto, que cada criatura tem o caminho que lhe é próprio. A fé sem obras é uma lâmpada apagada. Nunca nos esqueçamos de que o ato de desanimar os outros, nas santas aventuras do bem, é um dos maiores pecados diante do poderoso e compassivo Senhor”.


Nas palavras de Joanna de Ângelis,a atualidade necessita urgentemente de Jesus descrucificado, companheiro e terapeuta em atendimento de emergência, a fim de evitar-lhe a queda no abismo”, ou seja, “não estás sozinho na batalha. Ao teu lado outros combatentes aguardam apoio, qual ocorre contigo. Descobre-os e une-te a eles, sabendo, porém, que a tua será a revolução com Jesus e não contra o mundo, a humanidade ou a vida” (In: Jesus e atualidade, p. 10 e p. 75).



LIVRARIA YVONNE DO AMARAL PEREIRA
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