ANTE ALLAN KARDEC
Vianna de Carvalho
Todas as religiões estabeleceram os seus postulados em dogmas de fé inamovíveis.
Allan Kardec, porém, traduzindo o pensamento do Cristo, fundamentou a Religião Espírita nos códigos da razão, insculpidos na consciência individual do homem.
Todos os pensadores se preocuparam em solucionar a problemática do homem, criando escolas de conhecimento e engendrando sistemas que objetivam a combater-se uns aos outros.
Allan Kardec, todavia, refundiu os conceitos idealistas de Sócrates e Platão, erguendo um monumento granítico em linhas morais, apoiado nos alicerces dos fatos.
Todos os pesquisadores da Ciência partiram da premissa, na busca infatigável da demonstração.
Allan Kardec, sem embargo, mergulhou no oceano infinito dos fatos, deles extraindo a grandiosa constelação de luzes e experimentações que constitui a Ciência Espírita.
Todos os religiosos sempre afirmaram a imortalidade da alma, sem terem como prová-la.
Allan Kardec, entretanto, partindo da observação, comprovou a imortalidade pelos métodos vigentes da demonstração, elucidando as leis que regem o intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual.
A reencarnação sempre esteve presente nas experiências e informações extra-físicas dos séculos como chave da incógnita dos sofrimentos humanos.
Allan Kardec, contudo, conseguiu, às expensas do Mundo Espiritual que o assistia, extrair os fundamentos éticos relevantes para a felicidade do homem, nos conceitos reencarnacionistas, estribando no Evangelho a rota de segurança, única, aliás, propiciatória para colimar-se as metas evolutivas.
Todos os tratados de Filosofia têm sido apresentados em linguagem complexa, somente compreensível pelos especialistas e estudiosos...
Allan Kardec, porém, conseguiu debater e estudar os pontos capitais do pensamento universal em linguagem simples, compatível com a mente do povo, sem esquecer as inteligências brilhantes, a todos franqueando devassar os umbrais da Imortalidade à luz da Codificação Espírita.
Todos os militantes das religiões e das filosofias procuraram definir Deus ou negá-lo.
Allan Kardec, a exemplo de Jesus, apresentou o Criador na Criação e a Divindade manifesta nos seus atributos de grandeza e magnitude, sem insistir em definir o Indefinível.
É por esta razão que, ante Allan Kardec, reverenciamos a sabedoria dos séculos, a ciência do amor e a razão especial de que todos os seres necessitamos para a consolidação do Consolador no âmago da vida, e no cérebro de todas as vidas.
Nesta hora tumultuosa de inquietações, dúvidas e incertezas busquemos em Allan Kardec a resposta para os magnos problemas do cotidiano, e, seguindo suas linhas de raciocínios e ações, esqueçamos trevas e dores, desdenhando promoções e remoques, para nos preocuparmos com o auto-burilamento, na incessante faina de ascender e amar, porquanto no amor – que é a verdadeira ciência da vida – todas as finalidades se encerram e todas as aspirações se concretizam, buscando a direção do Infinito Amor.
Respeitando Allan Kardec, o Embaixador do Céu para a Era Nova, digamos, jubilosos, como os cristãos primitivos antes do holocausto:
Glória a ti, mestre! Os que estamos procurando construir o Mundo Novo te saudamos e agradecemos!
Glória a ti, mestre! Os que estamos procurando construir o Mundo Novo te saudamos e agradecemos!
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(Do livro Sementes de Vida Eterna, da autoria de Espíritos diversos, psicografado por Divaldo P. Franco. Salvador, LEAL, 1978, pp. 13-15.)
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